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25.4.09

- NÃO SOMOS NÓS A ESCOLHER UM LIVRO, ELE É QUE NOS ESCOLHE !


Quando mo disseram, aceitei logo sem questionar a fonte de tal certeza; por ser tão claro para mim que assim fosse.



Pois há dois dias fui escolhida por um livro.



No meio de uma pequena pilha de livros, vi o pedacinho de uma capa em tons de branco e azul que me atraiu como um íman. Só parei quando o possuía nas minhas mãos. O desejo de o ler era tão intenso que nem pensei, nem li sobre o que se tratava, nem me interessava. Tinha a certeza de que era muito especial.



Não houve engano; eu precisava daquelas palavras, dos conhecimentos partilhados pela escritora, a própria vida dela, que se espelha ( e onde vejo tantas vezes o meu reflexo ) no que está escrito nas páginas deste tesouro que se pode ler.



Mergulhei entre búsios e praia, ondas do mar e da vida, grãos de areia que desenham mil pensamentos e raciocínios lógicos. Uma realidade com cinquenta e quatro anos que é igual à que se vive hoje. A visão desta mulher, Anne Morrow Lindbergh, transcende a época em que viveu. Parece-me ser um daqueles seres iluminados que se apercebem do mundo como ele é na realidade muito antes de todos os outros seres.



"Dádivas do Mar", todo este livro é uma dádiva vinda do fundo do mar. Enquadra-se dentro e fora de água, reproduz através das dádivas que o mar nos oferece, as nossas vidas, sonhos, desejos, aspirações, possibilidades, escolhas, desatinos. Espirais representativas do que é ser humano e do que é ter de lidar com mil e um papéis, como actores principais numa linha sobre a qual caminhamos.



c.c.



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