Powered By Blogger

21.4.09

Distância de corpo físico... não da alma, não de espírito, não de coração...








Só nos lembramos da SAUDADE e da carga deste sentimento, quando ela/e nos toca e reclama o seu direito de existir e de nos pertencer.




Ai as saudades, que se encavalitaram nos meus ombros, que andam comigo para todo o lado sem quererem perder um único segundo desta minha estadia longe de casa.




( ESTADIA : - residência durante um período de tempo; estada; permanência




- prazo concedido para a descarga e carga da mercadoria de navio fretado




FRETADO : cedido ou tomado por um dado intervalo de tempo ...




Pois bem, a saudade vai ter residência breve neste ser que sou, neste momento é a minha carga e levo-a comigo para todo o lado, mas tem um prazo e, dia 29 de Abril de 2009, vai ser descarregada algures, no depósito das saudades que se desvanecem. Vai ser cedida ou tomada por outro ser por um intervalo de tempo que pode ser breve ou eterno...)




Tento ausentar-me da saudade, mas não luto para que isso aconteça. Se ela vem ter comigo, coabito harmoniosamente com ela evitando entregar-me à loucura, acabo mesmo por a apreciar e desfrutar daquilo que ela me quer mostrar.




Mesmo que custe, é bom sentir de vez em quando este aperto, estes descompassos na respiração, esta ânsia de encontrar e de arranjar formas, que não a física, de estar com quem e onde se quer estar. Torna-se um exercício de inexplicável poder extra-sensorial, de intensa exploração das nossas capacidades adormecidas por falta de uso.








AMO E SOU AMADA E É POR ISSO QUE A SAUDADE EXISTE!






C.C.












Sem comentários: