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29.9.07

Quando a Lua espreita manhosa.




De vez em quando, dentro da noite, sigo com o olhar uma claridade difusa, distante, e no entanto tão intensa e magnética que me faz procurá-la.

Chama por mim sem voz, toca-me sem se fazer notar e brinca com os meus sentidos despertando-os... espicaça e derrete-se quando a encontro, materializa-se quando a olho sem pestanejar.

Num pedaço de tempo que só a nós pertence, converso com a Lua sem pressas, sobre tudo... sobre nada... numa linguagem que não consigo reproduzir longe desta telepatia sensorial e secreta.

Viajo flutuando, sem que os meus pés deixem de tocar o chão... já não me encontro aqui, a minha visão mistura-se no escuro e expande-se para além desta Terra. Serena, deixo o meu corpo inerte. Danço, de olhos fechados, suspensa no espaço.
C.C.

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